Maladaptive Daydreaming: where wild minds come to rest
**i don't know how to express myself as well in english as i do in portuguese, that's why i wrote in my native language, i'm sorry**
me sinto fora de mim.
você já teve aquela sensação tão aguda de se sentir completamente deslocado da sua própria existência? esse momento vem sempre do nada, nos momentos mais aleatórios, quando tudo está tão absolutamente normal que você não consegue imaginar a depressão encontrando algo para se alimentar dali, então de repente algo te arrebata de uma forma tão profunda, e te faz querer estar em qualquer outro lugar menos na sua própria pele?
viver mil vidas inventadas e uma meia vida real te quebrou tanto assim e agora você não consegue se sentir totalmente em casa em nenhum dos dois lugares? é um desconforto tão grande que vem e se instaura no seu ser, como um peso no seu coração e você não sabe por que, não sabe por que e nem o que fazer com isso e simplesmente quer fugir de qualquer lugar para qualquer lugar, até que você encontre uma forma de fugir da sua própria alma?
como eu posso me sentir fora de mim se eu não sou nada sem mim?
que tipo de monstro eu alimentei no meu desespero para sentir meu próprio fogo de uma forma que eu nunca poderia nessa vida, e que agora me queimou totalmente? nunca serei grata o suficiente pela forma que o devaneio excessivo me salvou, mas nunca o perdoarei pela forma como ele me matou.
porque agora sou constantemente acompanhada por uma teoria aterrorizante de que essa sensação de desconforto irá viver para sempre, que em todos os dias da minha vida eu vou sentir e lembrar que estou lutando uma guerra perdida, que não importa o quanto eu avance, a palavra final nunca vai ser minha.
eu não sei se já foi algum dia.
algo me diz que jamais será.
ela vem e vai tão rápido e a vida vem e te arrasta tão rápido para as coisas de gente grande que fica tão fácil ignorar toda a profundidade disso e fingir que tudo vai ficar bem eventualmente.
mas então.
então.
a noite vem. por favor não deixe que ela venha.
mas sempre chega uma hora da noite em que as pequenas felicidades e as pequenas conquistas vão dormir e se preparar para o outro dia, e fica apenas você e seus demônios na madrugada - no quarto escuro seus fracassos são claros como a luz do dia - e a farsa do progresso (é uma farsa? ou é uma mentira que a depressão conta para mim? por favor me diga que é mentira) cai bem na sua frente, e nada, absolutamente nada faz sentido mais, toda sua vida parece um compilado de desespero. apenas você e seus amigos imaginários, apenas você e seus sonhos impossíveis, apenas você e suas doenças mentais, apenas você e seus bloqueios, apenas você e seus demônios, nunca você e si mesma.
você e sua constante falta de si.
eu e minha constante falta de mim.
(eu tenho certeza) acho que essa dor vai durar pra sempre
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the scars there for sure but for i try to think it as learning experience how to make a better version of myself i knew a lot of things about myself i wouldn't notice4 if i hadn't MD i am not saying it's good in itself i am just saying that i would move on and take this as learning experience although i am still struggling i am certain that one day i would be able to conquer it
English translation (from Gemini) for everyone:
Have you ever had that sharp feeling of being completely out of place in your own existence? It hits out of nowhere, during normal moments, when everything seems fine. Depression can't even find something to feed on. Then suddenly, something takes you away, deep down, and makes you want to be anywhere else but in your own skin.
Living a thousand invented lives and half a real life has broken you. Now you can't feel completely at home anywhere. A heavy discomfort settles in you, a weight on your heart. You don't know why, what to do, and just want to run away, anywhere, to escape your own soul.
How can you feel out of place if you are nothing without yourself?
What monster did you feed in your desperation to feel alive in a way you never could in this life, that now has burned you out? You'll never be grateful enough for how daydreaming saved you, but you can't forgive it for how it killed you.
Now you're haunted by the fear that this discomfort will last forever. Every day you'll feel like you're fighting a losing war, that no matter how much you progress, you'll never win. Maybe you never will.
It comes and goes so quickly, and life rushes you into adulthood. It's easy to ignore the depth of it all and pretend everything will be okay.
But then.
Then.
Night comes. Please don't let it come.
But at night, the little joys and victories sleep, preparing for the next day. You're left alone with your demons in the dark. Your failures are clear as day. The progress you thought you made feels like a lie. Nothing makes sense anymore. Your whole life seems like a collection of despair.
Just you and your imaginary friends, impossible dreams, mental illness, blocks, demons. Never you and yourself.
You and your constant lack of you.
Me and my constant lack of me.
I think this pain will last forever.
I translated your post as it is so deeply touching and somewhat poetic. Desperately poetic (so many poems come from sorrow).
"You and the constant lack of you": I think that we end up considering the hole that's inside us as "us", while it's just emptiness. Something we desperately try to fill. Someone does it with drugs, we do it with daydreams.
If that emptiness is so huge, we have to look for help, for therapy. Soul scars are as complicated as body scars or even more. We won't stay bleeding and not seeking for help. But we leave our soul bleeding forever.
Please take care of yourself. Pain can be overcome. Life can be different. Life can be a fertile orchard where things grow and fill that emptiness, finally.
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